SERRA DO BODOPITÁ
O caminho das pedras:
Quem chega a Campina Grande pela BR 230, vindo da capital do Estado, não pode deixar de se admirar com a imponente cadeia de montanhosas que forma a Serra do Bodopitá. Ali, há quase 900 metros de altitude em relação ao nível do mar, trilhas ecológicas e monumentos naturais começam a atrair a atenção do turista mais atento. Um bom exemplo é a famosa Pedra de Santo Antônio, um imenso bloco de granito que desponta do alto da serra e atrai, além dos turistas, milhares de fiéis em busca das graças alcançadas em devoção ao “santo casamenteiro”.
A Lenda:
Contam que, há muitos anos atrás, dois escravos teriam encontrado uma imagem de Santo Antônio junto às rochas da região. Depois de comunicar ao padre da então Vila de Fagundes, a imagem foi levada até a igreja para que ali ficasse exposta para apreciação dos fiéis. Até aí, tudo bem.
O fato é que, algum tempo depois, a imagem desapareceu da igreja e foi encontrada no mesmo lugar em que foi vista pela primeira vez. O episódio, como não poderia ser diferente, acabou ganhando status de milagre e transformou o lugar num dos mais disputados pontos de peregrinação religiosa do Nordeste.
Devoção:

Turismo:
A Pedra de Santo Antônio é, na verdade, apenas uma das muitas atrações turísticas do lugar. Localizada numa região ainda preservada do Estado, com matas e fontes de água doce, a Serra do Bodopitá é hoje um roteiro certo para quem busca aventura e contato com a natureza. Dezenas de trilhas levam os visitantes por entre sítios que parecem ter estacionado no tempo. Em um deles, conhecido como sítio das Laranjeiras, uma rocha situada bem na beira do penhasco revela dezenas de pinturas rupestres feitas pelos índios que habitavam a região no passado.
Apesar de não possuir ainda infra-estrutura adequada para receber um número maior de turistas, a Serra do Bodopitá já se destaca como ponto para a prática de Treking (trilhas pelas matas), assim como para quem gosta de desafiar o medo através de esportes de aventura, a exemplo do rapel e da escalada em rocha. Nos passeios pela Serra é possível ter ainda um contato direto com a fauna local, formada principalmente por répteis e pássaros típicos da região.
História - A Revolta:
No ano de 1872, o Decreto Imperial de18 de setembro determinou como padrão de medidas o sistema métrico decimal francês. Dois anos mais tarde, em novembro de 1874,a execução local do que impunha esse decreto foi o estopim que deflagrou a insurreição dos Quebra-Quilos. A revolta, liderada por João Vieira, conhecido como João Carga d'Água, irrompeu na serra de Bodopitá.Descendo a serra, os insurretos invadiram a cidade num dia de feira, quebraram as "medidas" (caixas de madeira de um e cinco litros de capacidade), fornecidas pelo poder público municipal e usadas pelos feirantes, e atiraram os pesos dentro do Açude Velho. A luta revolucionária se estendeu a outros municípios do Brejo e do Cariri, transpondo para os estados de Pernambuco e até Alagoas.
A insurreição ganha novos matizes quando aos revoltosos juntaram-se vários outros armados, liderados por Manoel de Barros Souza, conhecido como Neco de Barros, e Alexandre de Viveiros. Juntos, invadiram e dominaram a cadeia, libertando os presidiários, entre os quais o próprio pai do primeiro, e incendiaram cartórios e o arquivo municipal. Era propósito de Alexandre de Viveiros anular os autos de processo de homicídio que pesava sobre ele. A revolta foi sufocada pelas forças policiais. O líder João Carga d'Água fugiu,mas Alexandre Viveiros foi preso.
Como Chegar:

Onde ficar:
Na Serra a únicas opções são acampar ou pernoitar nas casas dos próprios moradores. Para quem exige um pouco mais de conforto, o ideal é se hospedar em Campina Grande.
Onde comer:
Na serra do Bodopitá as opções são as mais variadas possíveis. Desde um simples café da manhã servido na casa de algum morador, até um almoço regional em cidades como Fagundes e Galante.
Dicas:

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