30 de setembro de 2010

SP - 243° GRUPO ESCOTEIRO TIBIRIÇÁ



HISTÓRIA DO GRUPO

As sementes do GE Tibiriçá começaram a ser selecionadas nas reuniões de chefia que aconteciam aos sábados à noite, em diversas lanchonetes de São Bernardo do Campo. Lá basicamente se fazia o programa de reunião para o Domingo e discutia-se sobre o desenvolvimento dos elementos da tropa escoteira do GE Caoquira.

Participavam, Laércio, Jaime, Gaúcho e Horácio. Obviamente, após terminado o programa, discutia-se outros assuntos comuns aos jovens daquela época.

Gaúcho – Cláudio Manoel dos Santos - foi lobinho lá nos pampas, e como a vida tem muitas voltas deixou o Sul e veio vindo até chegar a São Paulo. Foi morar em São Caetano na casa de uma chefe do GE São Francisco, obviamente foi convidado a participar do grupo, mas foi extraditado rapidamente para o GE Caoquira, onde foi morar em SBC na casa do Horácio de 1977 a 1979.

Laércio da Costa Miranda, brasileiro filho de português, gosta ainda de contar piadas do seus ancestrais, ingressou no ramos escoteiro, e era muito teórico, depois como sênior passou a ser chamado na escola como "Indião" e deixou de ser teórico.

Jaime Leme Loghi, ingressou como escoteiro, mostrou-se sempre ponderado e participativo em todas as atividades.

Horácio Humberto Palleres, foi o primeiro lobinho do GE Caoquira, coincidentemente a sua irmã Maria Cristina Palleres foi a primeira Akelá, e no GE Tibiriçá também inaugurou a Alcatéia.

Laércio, Jaime e Horácio, eram da mesma patrulha sênior "Caçadores de Esmeralda", que alias fora da dupla de seniores Celso Correia Neves e Renato Moura, que alias já tinha sido do sênior Gilberto Correia Neves entre outros. Ou seja uma patrulha de tradição dentro do GE Caoquira.

Nos tempos de seniores – sem esquecer dos sênior Adauto, Flaviomir e in memoriam Miura e Pio Luís Fernando Sparvoli ambos no grande fogo de conselho – fizeram grandes e pequenas coisas porém, muitas atividades. Lembrar algumas como o Camporeé do Sul. Participação do 1º acampamento da Confederação das Bandeirantes de SBC, e da excursão ( de carona) à Foz do Iguaçú. Nesta última , só participaram os seniores Jaime, Laércio e Horácio, foram 22 dias de muita briga e muita união.

Luís Fernando juntamente com seu cunhado Pio Marcos Teixeira, e outros elementos do GE Almirante Barroso, formaram o GE Palmas na cidade de Palmas em Tocantins. Com a partida do Luís, as coisas esfriaram um pouco.

Em todos os GE sempre, infelizmente, há problema de entendimento entre os adultos, e isto causou o afastamento dos chefes Jaime, Laércio, Gaúcho e Horácio do GE Caoquira.

O motim já estava sendo planejado, sabiam que perderiam o navio, porém já deslumbravam um novo navio para desbravar novos mares.

Hoje são todos irmãos escoteiros. Pode se dizer que foi aquele filho que saiu de casa para morar sozinho, depois convida os pais para almoçar ou vai almoçar lá.

Na semana seguinte havia um vazio em todos eles.

Isso foi quebrado pôr um convite do GE Itapu, - antigo Missão Católica – em SCS. Um grupo enfraquecido pôr problemas internos ( ou seja de adultos), que tinha um chefe de tropa e outro de tropa sênior. A alcatéia estava bem. Numa reunião apareceram 4 "CLANdestinos" chefes que estagiaram durante 6 meses com o objetivo de estruturar o sistema de patrulhas e orientar os novatos chefes.

Com o GE Itapu, participam do acampamento demonstrativo na cidade de Batatais, SP, 1º Baitatá, fizeram palestras para os seniores para motivá-los a continuar na jornada, visando o clã pioneiro, lá conheceram vários chefes, entre eles o subchefe de grupo do GE Araquara, o chefe Galera, que acompanhava o seu grupo e participava da parte de enfermaria do campo. Outra palestra abordada já com o futuro Mestre PI foi sobre drogas e sexo.

Wladerley A. Galera, araraquarense, na época tinha suas atividades profissionais numa clinica em Rudge Ramos e num hospital próximo a SBC. Laércio com sua diplomacia, foi conquistando afim de ajudar a organizar o futuro clã. Galera vinha uma vez por mês nas incontáveis reuniões do futuro clã, antes que o GE Tibiriçá fosse fundado o Galera morava em SBC junto com o Gaúcho, no período de 1979 a 1980, numa casa alugada próximo ao Distrito, obviamente esta casa ficou sendo local de reuniões sociais, políticas e estudantis do clã. Nesse tempo já tínhamos o Marsura vindo do GE Guaianazes.

O barco estava saindo do papel, estão terminaram o estágio, e foram para o estaleiro. Afinal continuar sendo chefe não era o objetivo.

As reuniões continuavam sendo feitas nas lanchonetes, desta vez não de chefes, e sim de amotinados, ou "Clandestinos".

A idéia principal era montar um grupo escoteiro. Apoiados no POR, tinham que constituir uma comissão executiva, e uma seção. Porque a primeira seção não ser um CLÃ?????.

O nome do grupo, tinha que ser um nome indígena, pois no distrito de SBC todos os GE tinham nome indígena, GE Caoquira, GE I Juca Pirama e GE Guianazes, portanto TIBIRIÇÁ era um bom nome, cacique das terras de SBC, na época de João Ramalho o fundador de Santo André da Borda do Campo.

Villas Boas, para o nome do clã, foi uma homenagem aos irmão sertanistas, pôr sua dedicação com os indígenas brasileiros. E o Clã se espelharia nisso, dialogariam com outros indígenas, alias outros GE, assim fortaleceríamos o espirito de BP entre todos.

Numa dessas reuniões noturnas, realizada desta vez na lanchonete Well’s do aeroporto Congonhas, encontram na cor do guardanapo a cor para o lenço do futuro grupo escoteiro. Retiraram um exemplar do mesmo, e levaram para Dona Lúcia Teixeira.

Dona Lúcia, mãe do Pio Marcos Teixeira, que era considerada como uma madrinha para o Clã, contou de uma reunião feita na casa dela, na qual foram feitos os primeiros esboços sobre o símbolo do Clã ou do grupo, até que apareceu o guardanapo, ai houve a definição da flor de lis do GE Tibiriçá. Dona Lúcia deve ter dado a sugestão do friso na borda do lenço, considerando esta boa sugestão, um toque feminino nas reuniões machistas. Também conta que na noite anterior do primeiro uso oficial do lenço, ela foi buscar os lenços, juntamente com a Dona Alzira Galo – mãe do Pio Aírton Cézar Gallo, na bordadeira-costureira, porém como o friso não estava de acordo, ela descosturou os frisos, e pregou-os na borda mesmo.

A incumbência de passar a limpo o desenho da flor de lis, ficou para o Pio Jaime. Naquela ocasião ele estudava "design". Utilizando-se de um compasso, uma régua, um lápis e uma borracha para aqueles que ..... se faz a flor de lis de linhas retas que ora parece uma espada, ora parece uma flecha mas sempre tem um alvo, e sempre está correndo para esse alvo. Nota, com qualquer raio (do compas) se faz a flor de lis. Quem gostar ainda, vire a flor de lis e verá alguém de braços aberto te chamando.

Outro trabalho foi obter autorização junto ao distrito, pois os futuros membros eram dissidentes do GE Caoquira, o que poderia ser traduzido como fogo de palha, algo passageiro.

Numa reunião, onde participava o futuro Mestre Pi Galera, para obter autorização distrital estava presente o coordenador regional para a área do ABC, chefe Aparecido, que conhecia o trabalho do Galera junto ao GE Araraquara e também os outros membros juvenis, convenceu os demais membros da comissão executiva distrital a dar um voto de confiança no futuro clã. Nessa reunião Galera se comprometeu a desenvolver os demais ramos num prazos máximo de um ano. Os rapazes aguardavam a decisão na parte debaixo do distrito e vibraram com o resultado, comemorando a moda deles.

Para a comissão executiva do grupo houve inúmeras reuniões. Foram convidados vários pais que participaram no GE Caoquira e estavam afastados. Muitos já tinham outros compromissos e não puderam acompanhar o futuro grupo.

Sr. Ermínio Vazzola , in memoriam, foi o primeiro presidente do grupo, solicitou ir de uniforme escoteiro para participar do grande fogo de conselho junto a BP. Também emprestou uma das salas da auto-escola para ser uma sede provisória. Seus filhos foram escoteiros e a sua filha e esposa estavam no movimento das Bandeirantes.

Sr. Renato Cheidde, foi o chefe de grupo do GE Tibiriçá, mas as raízes vinham do tempo que era chefe de tropa do GE Guaianazes, ele era conhecido pelo Pio Durval Marsura, outro futuro pioneiro que também foi chefe de tropa do GE Guainazes. O irmão do Sr. Renato emprestou as dependência de uma casa na rua Índico n.º 104, para ser a uma sede provisória do clã, ali foi realizado um grande baile, com a presença das irmãs Bandeirantes, ou melhor das Guias.

Marsura ingressou no movimento como escoteiro depois que viu um acampamento demonstrativo, aqueles que tradicionalmente se realizava no dia 20 de Agosto.

Outros que participaram da comissão com grande prazer foram Sr. Yukimitsu Nishioka, Paulão como todos o conheciam. Sr. San Miguel Palleres, (pai do Pio Horácio, da Akelá Cristina e da Baloo Laura), Sr. Getulio Gallo, (pai dos Pios Airton e Marcia) e Sr. João Miguel Germano o lobinho, como todos o conheciam nem tanto pelo seu porte físico, mas pela serenidade, sinceridade e pelo amor que o rodeava.

O onorável chefe Paulão, foi chefe de grupo do GE Caoquira, entre os diversos cargos que ocupou. Conta que na sua juventude, em Suzano, tinha vontade de participar de um GE local, porém problemas alheios à vontade não ingressou no movimento. E esperou até seus filhos terem a idade de lobinho, aí a família toda mergulhou no escotismo, os lobos, Paulo e Cácio, e a assistente de Akelá Dona Vanda, ótima conselheira para as chefas mais jovens. Depois por incompatibilidade do horário das reuniões com a atividade comercial, e os lobos tornaram-se sêniores, houve um afastamento, retornando quando foi convidado pelo GE Tibiriçá. Relembra da reunião quando foi apresentado o guardanapo, para ser o lenço do grupo.

Germano, o lobinho, tinha o filho Jorge na alcatéia, a esposa e a filha Jorgete nas Bandeirantes, mas Germano era presença garantida nos acantonamentos da Alcatéia, e principalmente na parte ecumênica de um campo ou nas conversas após fogo de conselho com os sêniores. Quando foi convidado para participar da abertura de um novo grupo, achava-se afastado do movimento, porém abraçou aqueles que tinham sido os sêniores de tantas noites acampadas.

No dia 19 de maio de 1979, com a presença de várias autoridades do ramo escoteiro, foi renovada a promessa pelo chefe Aparecido do Sr. Vazzola presidente do grupo, e este renovou a promessa do Sr. Renato, que a seguir renovou a promessa do Mestre Galera. Esta solenidade marcou oficialmente a data da fundação do GE Tibiriçá.


Participaram deste Pequeno Histórico:

Dona Lúcia, Galera, Gaúcho, Germano, Horácio, Jaime, Laércio, Marsura, Paulão e Teixeira.

Texto retirado do antigo site do grupo.

O Cacique Tibiriçá

A nação Tupi se dividia em várias tribos. Tibiriçá, Caiubi e Tamandiba eram os chefes de algumas delas. A sua aproximação com os portugueses teve sem dúvida a participação de João Ramalho que acabou se unindo a Bartira, filha do cacique Tibiriçá. Os índios eram parceiros de negócios com o colono. Eles ajudavam a conseguir frutos, peixes, peles, que seriam levados ao litoral e trocados por outras mercadorias.

A chegada dos jesuítas, que se posicionaram em favor dos índios, contra a escravidão, despertou grande simpatia entre estes chefes que de tudo fizeram para ajudá-los nesta missão. O primeiro barracão que viria a servir de colégio foi levantado por eles. Também transferiram suas tribos e vieram morar nos arredores de São Paulo para a segurança da nova aldeia. Sua participação foi decisiva para repelir o ataque de tribos inimigas ao povoado. Os registros dão conta de que Tibiriçá, Bartira e Caiubi foram considerados como grandes cristãos, o que encorajou bastante o trabalho missionário dos jesuítas.


ENDEREÇO DO GRUPO:

Av. Senador Vergueiro, n° 3051
Rudge Ramos - São Bernardo dos Campos - SP

E-mail: rogerio_sb@yahoo.com.br
Site: www.getibirica.com.br

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