30 de abril de 2007

Servir a pessoa e a sociedade: Um caminho de santidade

Este texto, que foi extraído de uma reflexão da Comissão Nacional Justiça e Paz na Quaresma de 2007, intitulado “ESPAÇOS DE LIBERDADE PARA A TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO”, serviu como texto introdutório e de reflexão para a nossa 2ª reunião plenária de núcleo:

Seria bom que cada cristão e cada cristã, pessoalmente e em comunidade, pusesse em prática a exortação do Papa Paulo VI:

“que cada um procure examinar-se para ver o que é que já fez até agora e aquilo que deveria fazer. Não basta recordar os princípios, afirmar as intenções, fazer notar as injustiças gritantes e proferir denúncias proféticas, estas palavras ficarão sem efeito real se não forem acompanhadas, para cada um em particu-lar, de uma tomada de consciência mais viva da sua responsabilidade e de uma acção efectiva. É por demais fácil alijar sobre os outros a responsabilidade das injustiças se se não dá conta ao mesmo tempo de como se tem parte nelas e de como a conversão pessoal é algo necessário, primeiro que tudo o mais.[Paulo VI (1967), Octogesima Adveniens, nº 48.]”

É uma tarefa que exige reflexão e maior responsabilização por parte de todos os atores sociais. É que todos somos responsáveis por um desenvolvimento humano e sustentável.

Impõe-se por isso que todos nós nos interroguemos sobre o projeto de sociedade que estamos a construir, pela nossa ação e pela nossa inércia, e sobre aquele que desejamos viabilizar no futuro. Em particular, como cristãos, devemos empenhar-nos em procurar respostas para as seguintes interrogações:

– Como podemos tornar possível, na nossa sociedade, uma visão da pessoa humana criada à imagem e semelhança de Deus e, por isso, capaz de amar e criar espaços de fraternidade, de liberdade, de justiça e de paz?

– Como constituir comunidades que se mantenham atentas ao concreto da vida das pessoas, nomeada-mente aos dramas das pessoas marginalizadas e excluídas e se mostrem empenhadas em procurar caminhos de superação das causas, próximas e remotas, dos processos de exclusão?

– Como fomentar, nas paróquias e nos movimentos cristãos, a exigência de que se tornem sinais de Deus e da sua promessa de salvação?

– Como ser sinal de fraternidade e partilha nos vários ambientes em que nos movemos?

– Como viver a hospitalidade, o acolhimento do estrangeiro e o cuidado?

– Como não deixar esmorecer a esperança ou enfraquecer o esforço da procura de sentido, de novos caminhos de vida, e de modos alternativos de organização socioeconómica?

Fonte: FNA Lisboa Benfica

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