ou no link: https://impressoesamazonicas.wordpress.com/sobre/textos-escoteiros/impresses-da-conferncia-escoteira-mundial/
Estação Convention Center. Curitiba, Paraná. Estou na Sala de Conferências, onde além de mim no máximo dez outras pessoas partilham o privilégio de escutar o ensaio do Bolero de Ravel pela Orquestra de Câmara da PUC. Todos estamos trabalhando. Somos voluntários (e que ainda pagaram para estar aqui). Nenhum está recebendo um centavo por isto, como eu que estou controlando o acesso ao salão. Meus amigos me chamam de porteiro, mas como aprendi com minha filha que trabalha em um pub irlandês na Lapa, no Rio, sou na verdade um Doorman. Mais chique. Nossa recompensa é poder auxiliar o movimento educacional em que acreditamos, além do deleite de escutar música da maior qualidade.
Pouco mais tarde mais de mil pessoas se distribuem no amplo salão para a Cerimônia de Abertura da 39ª Conferência Escoteira Mundial. Após o tradicional blá-blá-blá das autoridades, em tradução simultânea para seis línguas, a Orquestra toca Brasileirinho e Carinhoso enquanto em grandes telões são projetadas imagens de todo o Brasil. Um indiano de turbante sorri conversando com um negão do Senegal. Um grupo de eslovacos senta a frente de mulheres paquistanesas que usam seu chador (véu) com charme, deixando os cabelos discretamente de fora e ao lado de uma taitiana com flor no cabelo. Ao final a orquestra é aplaudida de pé enquanto é projetada a imagem das Cataratas de Iguaçu e me sinto orgulhoso de ser brasileiro.
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