20 de maio de 2011

ACAMPAMENTO LIMPO - Nem um vestígio!

A missão desta forma de pensar é a de educar grupos que percorrem zonas naturais, sobre a minimização do impacto ambiental que provocam.
  • Planejar antecipadamente e prepara-se;
  • Caminhar e acampar em superfícies;
  • Cuidados com o lixo;
  • Deixar como se encontra;
  • Minimizar impactos provocados pelas fogueiras;
  • Respeitar a vida selvagem(Fauna e Flora);
Estes princípios são usados de forma a minimizar o impacto das visitas aos locais naturais em atividades extra-sedes. A casa é de quem lá vive, nós fazemos apenas parte do grupo de visitantes e como hóspedes que somos, devemos ser capazes de nos comportar à altura. O não deixar nem um vestígio depende muito mais da atitude e consciência pessoal, do que propriamente de regras e regulamentos, em outras palavras da educação, porque não dizer da Educação Ambiental. A minimização do impacto tem muito a ver com a flexibilidade de comportamentos e de ações que no fundo têm ligação direta com as práticas usuais destas formas de atuar, com a experiência que se vai adquirindo e o consciente julgar das consequências que os nossos atos têm no meio que nos rodeia.

Temos que saber considerar os vários tipos de solo, de ambiente, de situação que se nos depara; a vegetação e habitantes dos locais por onde passamos, e ainda o fato de ser um local já muito visitado ou não, pois ao contrário do que se pensa, num local ainda virgem, qualquer pormenor que façamos é impacto ambiental. Se nos habituarmos a colocar todas estas questões em uso, mais podemos aproveitar do local, assim como quem atrás vem.

1 - Planear antecipadamente e preparar:
  • saber as regras e algumas considerações sobre o local;
  • estar preparado para qualquer emergência, situação inesperada;
  • Saber exatamente o que se vai fazer, escalonando corretamente o tempo;
  • Empacotar correctamente a comida de forma a levar o mínimo de embalagens possível, de forma a reduzir ao máximo a possibilidade de lixo;
Um percurso bem planejado poderá reduzir consideravelmente o impacto da nossa passagem. A melhor forma de o fazer é começar por recolher informação sobre o local, aquilo que se pensa encontrar pelo caminho, o que se quer ver, o que se quer evitar; enfim um estudo cuidadoso do mapa, trilhas, etc. Assim é possível ver também as necessidades de vestuário e/ou aderessos necessários ou pelo contrário, completamente dispensáveis no local em causa. Sabendo quais as zonas menos visitadas, pode dar hipótese a assistir aquilo que por vezes é ignorado, mas também convém saber de antemão que tipo de consequência poderá daí provir.

2 - Caminhar e acampar em superfícies "resistentes":

  • Trilhas e caminhos pre-estabelecidos, locais onde é possível dormir;
  • Bons locais de acampamento encontram-se, não se fazem;
  • Concentrarem-se todo o caminho em caminhos;
  • Focar em locais onde a vegetação seja mínima de modo a que o impacto da passagem seja minimizado;
  • Evitar locais onde o impacto esteja a apenas a começar (zonas virgens);
  • Evitar a abertura de novas trilhas, onde já existem;
  • Porventura  no caso de zonas virgens, evitar, caso contrario desmatar o minimo possivel, evitando derrubar arvores ou plantas em crescimento.
Caminhar em trilhas, ajuda-se a manter a integridade do local, em termos de arredores e a vegetação costeira e nativa. Cortar caminho nem sempre é uma boa solução; salva-se pouco tempo, aumenta as probabilidades de quedas e acidentes e causa erosão do solo, aumentando em mais de 100% do impacto ambiental. 

3 - Cuidados com o lixo:
  • Depois de escolhida a alimentação, ter os cuidados ao empacotar de modo a ocupar o menor espaço possível;
  • Deixar em casa as embalagens que seja possível; todo o lixo dispensável;
  • Trazer de volta todas as embalagens(lixos).
Planear adequadamente as refeições, poderá fornecer hipóteses de eliminar caixas ou embalagens desnecessárias, que provoca peso extra, torna mais fácil ceder à tentação e largar tudo no caminho. Podem eliminar-se garrafas e caixas, e utilizar sacos ou embrulhos (papel), que são depois facilmente dobrados e guardados num saco, que não causará grande peso. por outro lado consegue-se ainda reduzir os restos de comida; é uma questão de calcular quantidades com rigor (cuidado com o outro extremo - não deverá faltar alimentos).

4 - Deixar como que se encontra:
  • Preservar o passado: examinar, mas não tocar em aspectos naturais, culturais ou históricos;
  • Deixar para trás as rochas, plantas ou outros elementos naturais assim como os encontraram;
  • Não transportar ou introduzir espécies exóticas;
  • Não construir estruturas, ou fazer trincheiras ou edificações(elemnetos) que não sejam os que já existem; 
5 - Respeitar a vida selvagem:
  • Não alimentar animais que se encontrem no caminho;
  • Não encomodar os animais, jogando objetos(galhos, pedras) para espanta-los, não se esqueça que você que é o visitante;
  • Evite a poluição sonora, ao fazer uma trilha o silencio lhe propiciará, viver outras sensações e escutar o barulho da natureza.
Saiba que quando alimenta-se animais selvagens, podes abalar a saúde deles, tendo em vista eles não serem acostumados a tais tipos de alimentação, acarretando a alteração do seu comportamento natural, e expõe-nos a predadores;

6 - Nem um vestígio:

Um grande problema neste tipo de ações é a criação de novos locais de acampamento. Por isso deve estar pré-determinado o local/ locais de acampamento - importante nos últimos dias da atividade.

Nunca fazer trincheiras - provoca erosão e oferece ao local um ar mais artificial, exigir locais pré-determinados para as fogueiras. Se deve "limpar" o local, tirar as folhas etc. esse é o material orgânico que mantém aquele saudável - evita a erosão provocada pelas chuvas. Além de não deixar nenhum lixo para trás.


“Não é mais limpo o que mais limpa, mas sim o que menos suja.” 
pois
"Deixe o mundo um pouco melhor do que encontrou".


Robert Baden-Powell

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXEM SEU COMENTÁRIO! POR FAVOR SEJAM EDUCADOS!